domingo, 28 de junho de 2015

Saudade, o meu remédio é cantar!

Pra falar a verdade, eu sinto falta do cheiro da terra molhada. Eu sinto falta de cada risada, das pedras, das noites cheias de lua e das histórias que me tiravam o sono. As coisas mais simples sempre me fizeram feliz, lembro dos colchões improvisados feitos dos galhos das árvores, era sempre um sono bom, tranquilo. Um corpo envelhecido, marcado pelo tempo, mas o coração não, o coração era jovem, cheio de vida. São muitas piadas pra sentir saudade, são muitos banhos de mangueira, são muitas tardes pra lembrar. Todas as vezes que eu pisar descalça naquele chão, vou lembrar, sempre que eu olhar pra toda aquela água, eu vou lembrar. Vou lembrar daqueles cabelos brancos, despenteados, cobertos com um boné velho, e que vez em quando matava a saudade tocando uma sanfona imaginária.
 
 
                                                                                   Dayana Couto



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