segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Fim de Tarde

Estava escuro, mas ainda era cedo,
Sentia frio, mas não encontrou aconchego,
Acordou então, procurou, tudo que encontrou foi chão,
Caminhou, e tudo que via era estrada, eram pés cansados da caminhada,
Não tinha um começo, tampouco saberia onde era o fim,
Mas o caminho era longo.
Tinham pessoas, tinha música, tinha uma brisa também,
Que logo se transformou em vento forte e lhe bagunçou os cabelos,
Tinha uma coisa redonda e brilhante no céu, cujo nome achou que era lua,
Tinham lágrimas, tão salgadas quanto à água que seus pés vinham molhar,
Tinha um cheiro bom, parecia liberdade, talvez não fosse, mas não importa,
Tinha um vai e vem, feito a onda do mar, quando pensou ter acabado,
Aquilo tudo quis voltar,
Tinham palavras pequenas, escritas numa tela,
Pequenos sorrisos derivavam delas,
Tinha alguém esperando outro alguém passar:
“Acredita na sorte ou no azar? Pois então, boa sorte você terá.”
Com um sorriso no rosto e uma pulseira no braço, foi embora sem desfazer o laço,
Sentou-se então e pôs-se a falar,
Falou tão baixinho que só as estrelas puderam lhe escutar,
Sorriu para alguém, fez careta também,
E quando percebeu, estava mais perto de Deus.

                                                             -Dayana Couto


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