Estava escuro, mas ainda era cedo,
Sentia frio, mas não encontrou aconchego,
Acordou então, procurou, tudo que encontrou foi
chão,
Caminhou, e tudo que via era estrada, eram pés
cansados da caminhada,
Não tinha um começo, tampouco saberia onde era o
fim,
Mas o caminho era longo.
Tinham pessoas, tinha música, tinha uma brisa
também,
Que logo se transformou em vento forte e lhe
bagunçou os cabelos,
Tinha uma coisa redonda e brilhante no céu, cujo
nome achou que era lua,
Tinham lágrimas, tão salgadas quanto à água que seus
pés vinham molhar,
Tinha um cheiro bom, parecia liberdade, talvez não
fosse, mas não importa,
Tinha um vai e vem, feito a onda do mar, quando
pensou ter acabado,
Aquilo tudo quis voltar,
Tinham palavras pequenas, escritas numa tela,
Pequenos sorrisos derivavam delas,
Tinha alguém esperando outro alguém passar:
“Acredita na sorte ou no azar? Pois então, boa sorte
você terá.”
Com um sorriso no rosto e uma pulseira no braço, foi
embora sem desfazer o laço,
Sentou-se então e pôs-se a falar,
Falou tão baixinho que só as estrelas puderam lhe
escutar,
Sorriu para alguém, fez careta também,
E quando percebeu, estava mais perto de Deus.
-Dayana Couto
Nenhum comentário:
Postar um comentário